USO E COSTUME NAS IGREJAS EVANGÉLICAS
(Estudo geral e resumido)
Pesquisa: Pr. Célio Salgado
“...mas, ao princípio não foi assim”. Mt 19.8
1ª Situação: Vestes masculinas e femininas
Argumento: As vestes masculinas devem diferenciar das vestes femininas, caracterizando a sexualidade de cada um (Dt 22.5). Hoje, o homem usando calças compridas e camisas e a mulher usando saias e vestidos. Ambos evitando a aparência de malícia.
Base bíblica: Dt 22.5; I Tm 2.9; I Ts 5.22; I Co 10.32
Objeção: O que importa é o interior das pessoas é o coração. As vestes seguem a evolução da moda. Há de se considerar em muitas passagens bíblicas, o contexto histórico de cada época.
Base bíblica: Mt 7.18-23; Gl 5.1
Argumento: As vestes exteriores devem refletir a realidade interior.
Base bíblica: 2 Rs 1.8; Lc 7.25; Ap 3.4-5
2ª Situação: O uso dos cabelos
Argumento: Homens: cabelos curtos, aparados; mulheres: cabelos compridos, sem cortes.
Base bíblica: I Co 11.1-15
Objeção: O que o apóstolo Paulo escreveu em I Co 11.1-15 é contextual histórico-cultutral daquela época. A bíblia em parte alguma, proíbe a mulher de cortar os cabelos. Nesses detalhes, aplica-se o que Paulo escreveu (I Co 9.1; 9.19; 10.25-26).
Quanto aos cabelos compridos nos homens, e o voto Nazireu? (Nm 6.1-21). Sansão tinha os cabelos compridos (II Sm 14.25-26); João Batista mantinha os cabelos compridos; Paulo fez o voto Nazireu temporariamente (At 18.18). E Jesus, usou cabelos compridos? Os Evangelhos silenciam sobre isso. Segundo o estudioso Willian L. Coleman, era comum os homens usarem cabelos longos na época de Cristo. Nada garante que Jesus não usasse cabelos compridos ou usasse-os curtos.
3ª Situação: Atavios
Argumento: De um modo geral, as Escrituras Sagradas vê negativamente o uso dos recursos estéticos (maquiagem, batom, esmalte, rouge, sombras) pela mulher.
Base bíblica: 2 Rs 9.30; Ez 23.40; Jr 4.30; Is 3.16-23.
Objeção: No livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos) de Salomão, a Sulamita (Ct 6.13) nos induz a concluir que fizesse uso da maquiagem (Ct 1.12-14), de maneira pura e amorosa, segundo o costume oriental.
Nardo: perfume;
Ramalhete de mirra: saquinho de perfume no pescoço da Sulamita;
Cacho de Chipre: arbusto de hena, cujas flores produzem uma tinta alaranjada, de agradável fragrância. Serve para pintar e tratar dos cabelos.
Pós aromáticos (Ct 3.6): seria uma espécie de pó-de-arroz ou rouge.
Açafrão (Ct 4.14): planta, cujas flores produzem uma tinta amarela.
Se as evangélicas usam maquiagem e todo tipo de embelezamento, não estão agindo como Jezabel ou como Oolá e Oolibá (Ez 23.40), mas sim como a Sulamita, que amava unicamente seu esposo, se ataviando e se embelezando para ele.
Argumento: O único recurso aromático permitido pelas Escrituras Sagradas, tanto por homem como por mulher, em usar é o perfume, pois apresenta um simbolismo espiritual.
Base bíblica: II Sm 12.20; Mc 14.3-9; Ap 5.8.
Quanto à maquiagem, pintura de cabelos, batom, esmalte, “ao principio não foi assim” que Deus propôs, no início da criação de Adão e Eva. Eram originais e naturais!
A bíblia Sagrada orienta em não usarmos adornos exteriores (enfeites, cordões com medalhas, pulseiras), nos abstendo da idolatria e da superstição. Daí o não uso de crucifixo, medalhas “milagrosas”. Amuletos, talismãs, brincos, piercings, ect.
Base bíblica: Gn 35.4; Os 2.13; I Tm 2.9.
Objeção: Os adornos foram usados pelos servos do Senhor: Rebeca (Gn 24.22); José (Gn 41.42); Sulamita (Ct 5.14); Daniel (Dn 5.7-29). As jóias e seu uso, faziam parte do costume do povo de Deus (Is 61.10; Lc 15.22 b), Ezequiel (Ez 16.9-13). O importante é não se apegar a esses adornos (Mt 6.19-21).
Argumento: O verdadeiro enfeite são as boas obras (I Tm 2.9-10). No caso de José e Daniel, os adornos eram distintivos oficiais hierárquicos, nos respectivos governos. O anel de formatura simbolizava autoridade e legitimidade (Gn 41.41-43; Es 3.10; 8.2). A aliança de noivado ou de casamento, simboliza fidelidade, amor e comprometimento mútuo (Ef 5.22-23).
4ª Situação: Exercícios Físicos
Argumento: Privilegia-se uma vida de piedade plena, até a renúncia total de qualquer espécie de atletismo. Oração, jejum, caridade, supera qualquer exercício físico.
Base bíblica: Mt 10.28; I Tm 4.8
Objeção: O apóstolo Paulo usa uma ilustração, em que compara a perseverança cristã com o atleta romano. Se o atletismo fosse ruim, Paulo não o utilizaria como ilustração.
Base bíblica: I Co 9.24-25
5ª Situação: A dança nos cultos
Argumento: É legítimo dançar para o Senhor, sob a inspiração do Espírito Santo (‘dançar no mistério’), não segundo a carne, como num espetáculo.
Base bíblica: Ex 15.20; Sm 6.14-16; Jr 31.4
A dança profana é imoral e orgíaca (Ex 32.19; Mt 14.6).
Objeção: A prioridade é dançar para Deus, mas não é preciso a manifestação sobrenatural do Espírito Santo, a vontade é suficiente. Em ocasião de alegria é louvável dançar.
Base bíblica: Lc 7.32; Lc 15.25
Argumento: Se a dança nos cultos for apenas uma vontade, fatalmente cederá à carne, ao desejo de se exibir, e Deus não se agrada disso.
6ª Situação: Bater palmas durante o culto
Argumento: Por assemelhar às práticas de culto pagão, o uso de palmas são evitados.
Base bíblica: implicitamente I Rs 18.28; Mt 6.7
Objeção: O salmista Davi defende o uso de bater palmas na adoração a Deus. Implicitamente, poderemos dizer que bateram palmas quando Jesus entro triunfante em Jerusalém.
Base bíblica: Sl 47.1; Mt 21.8-11.
7ª Situação: Divórcio
Argumento: A quem Deus uniu, não separe o homem. Se houve erro entre um dos cônjuges, orar ao Senhor e lutar pela reconciliação. Se o cônjuge adulterou, a parte inocente pode se separar (divorciar-se), mas sem contrair novas núpcias. Em caso de conflito conjugal em que haja perigo de vida física ou espiritual, não sendo possível a reconciliação, um dos cônjuges se separa, mas permanecendo sem casar.
Base bíblica: Mt 19.9; I Co 7.10-15
Objeção: O adultério, a prostituição, o conflito conjugal, possibilitam o divórcio, pois já houve a morte espiritual desse casamento. Se já houve a morte espiritual do matrimônio anterior, não há impedimento para um novo casamento (I Co 7.39, morte como símbolo).
Base bíblica: Mt 19.9 (destaque para a frase interpolada); I Co 7.10-15; 39.
8ª Situação: Saída para banhos de mar, rios e cachoeiras
Argumento: A aparência no uso dos trajes que demonstram a possibilita a malícia, deve ser evitada.
Base bíblica: I Ts 5.22; I Co 10.32
Objeção: Aplicando o que Paulo escreveu em I Co 10.25-26; 9.19, em outro contexto ou situação, os trajes usados para ir a praia, cachoeira, piscina, fica a critério de cada consciência.
9ª Situação: Oportunidade no culto
Argumento: A existência de oportunidade no culto, para trazer uma palavra, um louvor, uma saudação, tem por base bíblica passagens em Lc 4.16-21; At 18.4.
Essa oportunidades são para os que já foram batizados nas águas e instruídos em Jesus Cristo.
Base bíblica: Hb 5.12-14; I Tm 3.6; 5.22
Objeção: Os neófitos, os novos convertidos, devem ter oportunidade no culto, pois se Deus quiser poderá usá-los. O Senhor usou um animal para advertir e um ímpio para reedificar o templo em Jerusalém, o rei Ciro.
Base bíblica: Nm 22.30; Ed 6.3
Argumento: Está escrito em Eclesiastes 3.1: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.
10ª Situação: O Uso de tatuagem
Argumento: Deus é contrário ao uso da tatuagem em nossos corpos, por ser de origem ocultista, tribalista e representativo da luxúria (usada classicamente por prostitutas) e da escravidão (os antigos escravos eram marcados a ferro e fogo).
Base bíblica: Lv 19.28; I Co 6.19; Lv 21.5; Dt 14.1-2; Gr 16.6, 48. 37,40.
Em referência ao símbolo de muita dor, corpos mutilados devido ao pecado.
Objeção: Deus mesmo colocou um sinal, uma marca em Caim, provavelmente uma tatuagem. A Sulamita nos sugere, poderia ter feito uso de tatuagem o nome inscrito na coxa do cavaleiro “Fiel e Verdadeiro” sugere uma tatuagem não desenhada. Quanto ao Lv 19.28, é contextual aos ritos pagãos, em relação a outros deuses.
Base bíblica: Gn 4.15; Ct 8.6; Ap 19.16
Argumento: Verificando Gn 1.15, nem todo sinal é expresso em marcas, é só ler em Lc 2.12, em Mc 14.44 e em Jo 18.6. Quanto ao que descreve em Ap 19.16, é um simbolismo de uma decisão, posição diante de uma resolução sagrada, como em Gn 24.2; 9. Representa o poder de Deus em nossas vidas.
Lv19.28 Aplica-se em todos os tempos, nos advertindo contra o ocultismo.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
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