sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vencendo as tentações

Texto bíblico básico Mateus 4.1-11

1. Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito santo ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
3. E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5. Então o diabo o transportou à cidade santa, e o colocou sobre o pináculo do templo.
6. E disse-lhe: Se te és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo: porque está escrito: Que aos seus anos dará ordens a teu respeito: e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
7. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
8. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
9. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10. Então disse-lhe Jesus: vai-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
11. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviram.

Palavra Introdutória

“Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que sãi tentados” Hebreus 2.18
Devemos Compreender que assim como Jesus foi tentado, todo crente também sofre tentações.
Entender que a tentação é uma estratégia do inimigo.
Vigiar todo o tempo para não cair na tentação
Devemos tirara como lição sobre situações do dia-a-dia que podem tornar-se motivos de queda para o cristão.
Trata-se das inúmeras tentações que chegam qualquer momento, das mais diversas formas e intensidades.

1. Conhecendo algo sobre a tentação

Em princípio é importante saber que a tentação é uma disposição de ânimo para a prática de coisas diferentes ou censuráveis. É um forte desejo impetuoso, arrojado, forte, vigoroso.

1.1. A tentação pertence à esfera humana

Deus não tenta ninguém. Porquanto nele não existe qualquer sombra do mal. Ele não possui inclinação nem desejo para o mal.
Deus consente as tentações e provações para provar seus servos e para que eles demonstrem firmeza na fé. Porém a tentação em si não vem de Deus (Tg 1.13). le prova a fidelidade do cristão. Mas nunca o leva a praticar o pecado.

1.2. A tentação não é pecado

A tentação em si não é pecado. É uma predisposição para o pecado. Quando concebida, como diz o apóstolo Tiago, então dá à luz o pecado, e este, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.14,15).

1.3. Ninguém é tentado acima do seu limite

Sendo que os propósitos divinos são para testar e burilar o homem através das tentações,o Senhor tem o cuidado de não deixar que elas se avultem ao ponto de sufocar a fé do crente e torná-lo sem ação. Nisso também se pode contar com a fidelidade de Deus.

1.4. As estratégias do inimigo

Satanás tem condições para se transformar em qualquer coisa para atrair e enganar o crente. Ele pode fazer uso de uma serpente, como aconteceu no Èden (Gn 3.1) ou tomar a forma de um anjo de luz (2 Co 11.14). Ele imita a voz dos que já morreram para enganar os parentes saudosos. Usa também os seus instrumentos pra atrair o homem, despertar a sua sensualidade, os seus desejos e levá-lo à queda (Jz 14.1-3).

1.4.1. Ele procura os desatentos e despreocupados

Quando o crente recebe uma grande bênção, ou quando está envolvido em um grande projeto é natural que passe por momentos de despreocupação. Certa ocasião, depois de vencer os siros, o rei Davi (2 Sm 10.18,19), despreocupou-se por algum tempo, dos assuntos de guerra. Permanecendo em Jerusalém, enviou o povo a combater os amonitas. Aproveitando aquela situação Satanás investiu fortemente despreocupado (2 Sm 11.1-4). O rei não vigiou. Caiu na tentação e pagou caro pelo seu pecado.
Vigiar e orar em todo tempo é a advertência divina (Mt 26.41; Lc 22.40).

1.4.2 Jesus estava no deserto

Satanás espera que o crente esteja só, sem o aconchego da família, dos amigos, longe da igreja, longe de alguém que lhe possa alertar sobre o perigo próximo.

1.4.3. Uso de sofismas

Outra estratégia também usada na tentação é a utilização de argumentos aparentemente válidos que só servem para confundir.

Para Eva, o diabo argumentou com palavras que pareciam persuasivas. No entanto eram distorcidas e, por isso, enganosas. Isso a levou à desobediência. Ela transgrediu uma ordem divina (Gn 3.1).
Ele pode até fazer uso de certas verdades com o objetivo de confundir.
Por exemplo, quantas pessoas são tentadas a praticar atos desonestos porque o inimigo lhe mostra um quadro de injustiças sociais. É bem verdade que elas existem.
Mas isso não dá direito a nenhum cidadão de torna-se mentiroso, desonesto, ladrão ou usurpador.

1.4.4. Uso de momentos de fragilidade

Ele atacou Jesus aproveitando –se de um momento fragilidade, após quarenta dias e quarenta noites de jejum. Jesus estava enfraquecido na sua natureza humana. Tanto que teve fome.
O diabo usa desse mesmo expediente para atacar o cristão. É preciso ter força e verdadeira convicção de fé para repreender o inimigo em tais momentos.

2. Os três aspectos das fraqueza humana.

O desejo de derrotar tudo que se relaciona com Deus é muito forte no diabo. Por isso, ele usa de todos os meios para alcançar seu intento.
Ele não teve escrúpulos de tentar o próprio Jesus, muito menos ao homem, que já provou por demais a sua fraqueza.
Assim sendo, o inimigo aproximou-se querendo se aproveitar da situação de desgaste do Senhor, procurou atingir primeiramente o seu amor próprio para, em seguida, intervir, com fúria, nos outros aspectos “Se tu és o Filho de Deus.... (Mt 4.3).
Porém, o intuito maior era levar Jesus a obedecê-lo. Jesus, no entanto, mostrou-se firme. Ele não precisava provar nada a ninguém, muito menos a Satanás
O inimigo não desistiu e continuou o seu intento para derrotá-lo.

2.1. Desejos da carne

O ataque dessa feita foi dirigido à necessidade da carne, pois Jesus naquele momento certamente sentia fome. O diabo sempre chega na hora da nossa maior fragilidade e necessidade. Quantas vezes, o inimigo usa a mesma estratégia para derrubar o crente. Oferece-lhe sugestões para soluções de problemas ou pede para ele demonstrar que possui fé. Seja vigilante, não aceite tais soluções. Elas são apenas momentâneas e estão sempre incluindo um interesse maior para fazer o servo de Deus pecar.

2.2. A soberba da vida

infelizmente esse é um dos males que se apresenta com muita freqüência nos dias atuais. A sede do poder, à vontade de se sobrepor aos demais, a falta de humildade, o desejo de receber louvores e honras têm levado o homem a muitos desatinos.
Até os crentes estão se deixando levar pela soberba da vida. Estão cedendo a esse tipo de tentação. Alguém quer mostrar que é mais espiritual, que é mais usado por Deus, que é mais santo, que ora e jejua mais. Outro se insinua a dizer que tem muita intimidade ao ponto de dizer que tem muita intimidade ao ponto de dizer que Deus lhe revela coisas que não pode contar aos demais porque é “mistério”. Outros ainda sentem-se em situação tão privilegiada de santidade que se ufanam em praticar milagres como se fossem poderosos.
Satanás levou Jesus para o pináculo do tempo (lugar mais alto 70 metros); isto nos demonstrar que satanás ataca até no templo. Tenha muito cuidado com a posição que você ocupa na casa de Deus. O orgulho e a soberba levam à queda (Pv 16.18).
2.3. Cobiça dos olhos

tudo aquilo que se apresenta ao homem, diante dos olhos, que o atrai com maior força é cobiça. Atração e desejo incomum de posse são tidos como cobiça dos olhos.
Foi esse sentimento que o inimigo inventou despertar em Jesus.

2.3.1. os três aspectos vulneráveis

o homem é deveras vulneráveis quando se trata de sexo, dinheiro e poder.
Satanás ofereceu todos os reinos do mundo a Jesus, procurando influenciá-lo pela ascensão ao poder, em troca apenas de adoração.
De certa forma, seria muito simples prostrar-se, adorar e receber o presente. Estaria ali mesmo tudo consumado. Não haveria mais sofrimento, nem angústia nem morte para Jesus.
Satanás sairia vencedor,e Jesus como “dono do mundo”. Porém Jesus conhecendo as armadilhas do tentador as artimanhas do tentador, não aceitou o caminho fácil. Aleluia!
Ele tinha convicção de que precisava padecer e enfrentar a morte para levar o projeto de Deus até o fim (Lc 24.16).

2.3.2. A precipitação

A segunda proposta do inimigo foi para que Jesus se apossasse dos reinos do mundo naquele exato momento.
Jesus sabia que ainda não era chegado o momento para tal acontecimento. Com certeza todo domínio pertence ao Senhor (Ap 11.15). mas para tudo tem um tempo certo.é somente necessário que se aguarde o tempo de Deus para que as coisas aconteçam.
Não se deixe enganar. Siga o exemplo do mestre. Ele não se encantou com o grande oferecimento.
Satanás continua usando a mesma estratégia para levar o crente ao erro. Jesus disse que o caminho do cristão é estreito (Mt 7.14). o que significa dificuldades, provações, lutas e paciências para esperar (Sl 27.14).

3. Maneiras para alcançar vitória na tentação

A despeito de toda fúria, de toda artimanha e diversidade de estratégia do tentador, existem maneiras para guiar o cristão a sair da tentação.

3.1. não confiar em suas próprias condições

A primeira condição para ser um vencedor é esvaziar-se de si mesmo e se encher do Espírito Santo. É certo que, quando mais revestido do poder de Deus, mais forte será a tentação, porque Satanás conhecer aquele crente que, de fato, é cheio do Espírito Santo, e também aquele de pouca força.
A forte tentação sobreveio a Jesus após o seu batismo e o revestimento de poder (Mt 3.16; Lc 4.1,2).
A promessa de revestimento de poder é para todo cristão (At 1.8)

3.2. Vencer através do jejum

apesar de estar enfraquecido fisicamente após um jejum de quarenta dias e quarenta noites, Jesus estava fortalecido espiritualmente. O jejum leva à santificação porque é uma maneira de se disciplinar, de se amortecer a carne. Jejuar é sair da dimensão terrena e passar à dimensão celestial.

3.3. Fazer uso da palavra

Jesus fez uso das Escrituras para rechaçar o inimigo em todas as investidas (Mt 4.4,7,10).
O inimigo também usou a palavra. Ele a conhece. Mas não a obedece (Mt 4.6). é interessante observar que Satanás usou o Salmo 91.11,12. tem gente que pensa que o diabo tem medo do Salmo 91.
A palavra libera graça e poder de Deus. Ela dá firmeza e guarda o crente do pecado (Sl 119.11). Conhecer a palavra e praticá-la é possuir arma afiada contra os ataques do inimigo (Os 4.6;Sl 119.116; Mt 7.24,27;Hb4.12).

3.4. Fugir da tentação, sim; mas não fugir do inimigo

Se alguém demonstra medo ao inimigo, pode se considerar derrotado (Tg 4.7). Não se brinca com o inimigo. Ele deve ser tratado com seriedade e firmeza.
Fugir da tentação. É importante frisar tudo que diz respeito à natureza humana. A Bíblia manda fugir e não enfrentar (1 Co 6.18ª; 2 Tm 2.22ª) Sabe por quê? Ela é fraca (Mt 2.41).

3.5. Autoridade para repreender o adversário

cada crente deve se apossar do poder que está declarado na palavra de Deus (Lc 10.19). Não ficar conformado, não admitir, não aceitar qualquer situação do diabo quando usa alguém para dizer que não há mais jeito, que está tudo perdido, que o cristão já é derrotado.
O adversário deve ser repreendido em tais situações no nome de Jesus.

4. Atitudes de um vencedor

4.1. Não dê chance para o inimigo tomar a decisão

A última palavra na vida do cristão perdido, nem tudo está tão arruinado que não seja possível para Deus consertar. Na tentação do deserto foi o Senhor Jesus que deu o basta para afugentar o inimigo (Mt 4.10,11).

4.2. Estar sempre alerta

“Vigiai e orar” é a advertência do Senhor Jesus para os seus servos (Mt 26.41). Isso significa estar atento, vigilante, em atitudes de prontidão para qualquer ataque.
À vezes o crente vigia muito em algumas áreas de sua vida e esquece de outras. Não se descuide. Ore, clame vigie constantemente.

4.3. Ser obediente a Deus

Jesus obedeceu em tudo. Até se submeter á morte de cruz (Mt26.39). Nada é tão importante para Deus como a obediência á sua vontade (Hb 5.8). Obedecer a Deus é a melhor forma de adoração.
É preciso, pois, manter a comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo para não lhe faltar o poder do alto nas horas do ataque do inimigo.

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